O Partido Liberal do Pará tem investido e apoiado as ações que possam promover e garantir a segurança das crianças e adolescentes do estado, especialmente na região do Arquipélago do Marajó.
Nesta quinta, dia 6 de junho, os Deputados Federais Delegado Caveira e Silvia Waiãpi, ambos do PL, participaram da diligência externa realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa no município de Melgaço, no Marajó, sobre os casos denunciados de crimes sexuais contra crianças e adolescentes da região.
Na audiência, os números do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) foram analisados e comparados aos números divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social do Pará (SEGUP). Só em 2022, os dados do FBSP mostram quem houve 550 casos registrados de crimes sexuais contra crianças e adolescentes no Marajó. Os dados da SEGUP, mostram que de janeiro a março de 2024 foram registrados 138 casos de violência contra crianças e adolescentes, além de 59 estupros de vulneráveis.
Pelos dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Pará possui uma taxa de 3.648 casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, acima da média nacional, de 2.449 casos no que se refere a crimes dessa natureza.
EM DEFESA DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), a bancada do PL também tem articulado ações, com o objetivo de garantir mais segurança para as crianças e adolescentes do Marajó. De autoria do Deputado Toni Cunha, foi protocolado o pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os casos de violência, exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes no Marajó.
O Deputado Estadual Rogério Barra assinou o pedido de CPI protocolado por Toni Cunha e deu início à uma campanha dentro da ALEPA, para que outros deputados também assinassem a favor da CPI. “Na Assembleia Legislativa nós tentamos instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito, por meio do protocolo do Deputado Toni Cunha, para investigar essa situação. Infelizmente nada saiu do papel, porque a base aliada do Governo do Estado se movimentou e impediu que o processo seguisse. Agora, com a realização da diligência em Melgaço, mais uma vez chamamos a atenção de todos para esse problema sério, que atormenta as famílias de centenas de crianças e adolescentes no Marajó” – disse o Deputado Estadual Rogério Barra.
O DESAPARECIMENTO DA MENINA ELISA
Um dos momentos mais comoventes da diligência realizada em Melgaço, ocorreu no depoimento de Dona Eliete, que é a avó de Elisa Rodrigues, de 2 anos, que desapareceu no dia 16 de setembro de 2023 em uma comunidade do município de Anajás, no Marajó. Na época, o Deputado Estadual Rogério Barra chegou a cobrar da SEGUP mais agilidade nas buscas por Elisa. A família segue sem respostas. Dona Eliete fala sobre a falta de informações por parte do Governo do Estado e reclama de ter sido tratada com ignorância por eles.
“O mistério em torno do desaparecimento da pequena Elisa Rodrigues segue sem respostas. O Ministério Público do Pará constatou que órgãos de segurança do Estado não cumpriram ordem da Justiça de manter as buscas pela menina, que desapareceu em uma área de mata, na comunidade Vila Monta Carmelo. A pergunta que não quer calar é “onde está Elisa?” – disse Rogério.
“O Presidente Bolsonaro criou o Programa “Abrace o Marajó”, que foi extinto pela governo atual. O Programa era um conjunto de ações e políticas pública para incentivar o desenvolvimento da região e combater diversos tipos de crime, como a exploração sexual e o desaparecimento de crianças. A região marajoara amarga a falta de atenção e de investimentos, prejudicando milhares de famílias” – finaliza Rogério Barra.